Por que, em alguns temas técnicos como é o tema jurídico, não devemos confiar cegamente no ChatGPT, e outras ferramentas como ele?

Nos últimos anos, a inteligência artificial tem avançado consideravelmente, proporcionando inovações e conveniências em várias áreas. O ChatGPT, baseado na arquitetura GPT-3.5 da OpenAI, é um desses exemplos notáveis de IA. Embora seja uma ferramenta impressionante, é essencial abordar seus limites e desconfiar de confiar cegamente nele. Neste texto, vamos explorar os motivos pelos quais não devemos depender completamente do ChatGPT, considerando as possibilidades de equívocos e fontes de informação não certificadas.

  1. Limitações da IA

O ChatGPT é uma máquina inteligente, mas ainda assim é uma máquina. Embora seja capaz de gerar textos impressionantemente próximos do discurso humano, sua compreensão não é perfeita. Ele não possui compreensão real ou consciência, apenas processa grandes quantidades de dados para identificar padrões e gerar respostas. Como resultado, pode fornecer informações incorretas ou desatualizadas sem perceber, o que pode levar a consequências indesejadas.

2. Ausência de Ética e Julgamento

O ChatGPT não tem senso ético ou capacidade de julgamento. Ele simplesmente gera respostas com base nas entradas que recebe e nos dados que foram alimentados nele durante o treinamento. Isso significa que pode propagar informações discriminatórias, preconceituosas ou imprecisas sem filtros. A falta de consciência ética do ChatGPT pode levar a disseminação de desinformação ou até mesmo prejudicar grupos marginalizados e vulneráveis.

  1. Sensibilidade ao Viés

A IA, incluindo o ChatGPT, é suscetível a incorporar o viés humano presente nos dados usados para o treinamento. Se os dados utilizados forem parciais ou refletirem preconceitos e estereótipos, o ChatGPT pode reproduzi-los nas respostas geradas. Isso pode levar a informações tendenciosas e perpetuar desigualdades existentes na sociedade.

  1. Falta de Contexto

O ChatGPT opera com base em entradas fornecidas pelo usuário e, muitas vezes, não tem informações contextuais sobre o interlocutor. Isso pode levar a mal-entendidos ou respostas inadequadas. A falta de contexto pode ser especialmente problemática em questões complexas ou delicadas que requerem compreensão mais profunda.

  1. Dependência de Fontes Não Certificadas

O ChatGPT não tem a capacidade de distinguir informações de fontes confiáveis ​​das não confiáveis. Ele não pode verificar a credibilidade das fontes de onde obtém informações durante o treinamento. Isso significa que pode incorporar dados de sites não verificados, fóruns ou outras fontes questionáveis, o que aumenta o risco de disseminar informações incorretas.

  1. Vulnerabilidade a Manipulação

Como mencionado anteriormente, o ChatGPT opera com base em dados previamente processados e aprendidos durante o treinamento. Isso o torna vulnerável a ataques de manipulação. Se um grande número de pessoas fornecer informações falsas intencionalmente ao ChatGPT, ele pode aprender esses dados incorretos e reproduzi-los como respostas.

  1. Complexidade de Assuntos Específicos

Embora o ChatGPT tenha acesso a uma ampla gama de conhecimentos, ele ainda pode ter dificuldade em lidar com assuntos altamente especializados ou técnicos. Perguntas complexas que exigem um profundo conhecimento em uma área específica podem resultar em respostas genéricas ou errôneas.

  1. Responsabilidade Humana

É importante lembrar que, embora o ChatGPT seja uma criação da inteligência artificial, sua responsabilidade recai sobre os seres humanos que o desenvolveram, treinaram e mantêm. Isso significa que os erros e falhas do ChatGPT são, em última análise, responsabilidade dos seres humanos que o supervisionam e operam.

Conclusão: Em suma, o ChatGPT é uma inovação impressionante e útil, mas é imperativo não confiar cegamente nele. Suas limitações, falta de ética, sensibilidade ao viés, dependência de fontes não certificadas, vulnerabilidade a manipulações e dificuldade em entender assuntos complexos tornam essencial abordá-lo com uma perspectiva crítica. Ao utilizar o ChatGPT, é importante verificar e corroborar as informações que ele fornece por meio de fontes confiáveis e tomar cuidado para não perpetuar equívocos ou disseminar desinformação. Devemos lembrar que, como seres humanos, temos a responsabilidade de usar a inteligência artificial com sabedoria, garantindo que ela seja uma ferramenta para o bem, em vez de um risco para a sociedade. Por fim, temos que confidenciar a todos os leitores: Este texto, integralmente, a exceção do título e desta última frase, foi escrito pelo ChatGPT no dia 24 de julho de 2.023 as 20h30min, quando provoquei-o a uma auto crítica sobre sua credibilidade.

Por Roberto Maldaner